sexta-feira, 27 de abril de 2012

CIDADE SOLITÁRIA



Araguari, a cidade dos meus sonhos, está transformando-se num pesadelo assombroso em que a noite é interminável e o dia teima em florescer. Com frequência somos surpreendidos com notícias que nos abalam e nos deixam amedrontados e vulneráveis quanto à nossa segurança e bem estar comuns. É como se estivéssemos em alto mar e o timoneiro em seu estado letárgico, impedido de governar o leme e enfrentar a tempestade com a destreza, a força e a habilidade dos grandes navegadores  nos colocasse em situação de emergência e perigo. A tranquilidade, o sossego e o silêncio merecidos passaram a ser impossíveis, já que somos importunados com a poluição sonora provocada pelos carros de propaganda, som automotivo, varando a madrugada, com baderneiros agindo de forma imoral, impunemente. Além da poluição sonora que nos é imposta, somos atingidos também pela poluição visual, impedindo-nos de andar pelas calçadas sem deparar com cartazes colados, aleatoriamente, nas paredes das casas particulares e comerciais. E, para agravar, a situação calamitosa da segurança pública: não há um dia em que acordemos sem uma notícia de assalto em residências, estabelecimentos comerciais, escolas e bancos, estupros, assassinatos...
Em meu sonho visualizo uma cidade protegida, na qual os policiais rondam e abordam os baderneiros impedindo as ações criminosas. As janelas e portas abertas, a luz entrando, o ar se renovando. As calçadas e ruas floridas descortinando uma vasta paisagem  ao nosso olhar. As pessoas saudáveis caminhando felizes e sem medo. Uma cidade que acolhe seus filhos com a coragem, a proteção e o amor maternais. Despertar-me torna-se um sacrifício porque me impede de continuar a sonhar e tornar visível a cidade dos meus encantos. Desejo e rogo a Deus que nossa querida e amada ARAGUARI seja reconhecida, valorizada e governada, com a sensibilidade daqueles que possuem o dom de comandar com bravura, enfrentando as tempestades. 

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